Às vezes, quando me encontro na simplicidade que é escrever, gosto de ouvir Yann Tiersen. Deixo os acordes simples do piano fluirem a seu bel-prazer do meu computador, na sua longa travessia até chegarem aos meus ouvidos.
Ontem, na minha simplicidade, desliguei-me do mundo. Et la fille qui m'a fait chanter dans la pluie, soudainement, monte en ma tête, comme une memoire inconnu. Et elle me dit:
-C'est la musique qui nous tue...
Como um sussurro, como uma fala num filme francês, ela repete:
-C'est la musique qui nous tue...
e repete-se com ela um acorde de Yann Tiersen, que se prolonga, prolonga, prolonga, rumo ao que seria para nós o desconhecido, mas para ela, para ela não, o desconhecido,para ela, já foi tão explorado que não poderá nunca ser desconhecido.
E aquela sensação de ouvir um acorde mesmo certeiro, mesmo onde era necessário, sabem?, quando um acorde (não uma música; um acorde) nos cega, nos torna insensíveis na esperança de o voltarmos a ouvir, e ela repete
-C'est la musique qui nous tue...
num suspiro, num desabafo, ao meu ombro, eu afasto-me car la musique, mon amour, la musique ne me toue pas; c'est toi, c'est ton corp, ton cheveux, tes mots qui me toue. Et la réalité, mon amour, c'est ton âme, c'est ton âme et ta réalité qui me toue. Car quand tu souleves ton feston, mon amour, je suis crispé, je suis admiré, je suis toué.
A vida traduz-se em letras
sábado, 28 de novembro de 2009
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très bien!
ResponderEliminar(Tiersen é um clássico!)
très Uau ahahah
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