Bom dia!
Hoje quero partilhar contigo um outro "sonho" que tive. Não procures sentidos filosóficos, nem metáforas escondidas, porque elas não existem. Este texto quer dizer o que quer dizer.
"-Estou?
Atendi pensando que não compreendia lá muito bem esta nova mania da malta ligar às tantas da noite... Respondeu-me uma voz feminina, que me pareceu muito familiar.
-Olá.
-Quem fala?
-Sou eu!
-Ah!, -subita arritmia- claro que és tu.
-Olha, está tudo bem contigo?
-Sim, acho que sim.
-Achas?
-Nunca posso ter a certeza, não é?
-Pois. Porque é que não tens respondido às minhas mensagens?
-Ah. -"inventa uma desculpa, inventa uma desculpa!"- Hmm... fiquei sem dinheiro no telemóvel.
-Porque é que me estás a mentir?
-Porque não consigo dizer a verdade?
-Isso era uma pergunta?
-Era.
Ninguém falou durante algum tempo.
-Mas vais responder à minha pergunta, ou nem por isso?
-Sim. Sim, vou. Mas acho que nos devemos encontrar para podermos falar. Amanhã de manhã?
-Sim, a que horas e onde?
-Sete e meia. O sitio do costume.
-Ok. Até amanhã. Beijinho.
-Até amanhã.
Não me pareceu chateada. Aínda bem!
Tentei voltar a adormecer.Obviamente que não consegui.
Às seis horas comecei a arranjar-me, e fui andando. 7 Horas estava no nosso lugar. Olhei para o rio. Era tão parado e calmo!
Sete e meia. Ela não está cá.
Um quarto para as oito. Ela não está cá.
Dez para as oito, e surge uma pequena figura. Era ela.
Vinha a andar, calmamente, com um andar poderoso e sedutor que me passou indiferente.
-Estás atrasada.
-Bom dia para ti também!
-Tens razão, desculpa. Bom dia.
-Então, querias falar sobre o quê?
O olhar dela estava cheio de esperança que acontecesse algo que eu sabia que não iria acontecer.
-Olha, tu sabes que eu gosto muito, imenso de ti...
-Não digas mais nada. Eu percebo-te, João.
-Percebes?
-Sim, eu também te amo.
Fiquei sem resposta.
-Então? Não dizes nada?
-Hmm...
Fechou os olhos, e inclinou-se, pronta para me beijar.
-Pára.
Ela abriu os olhos e fixou-os nos meus.
-Sim?
-Olha, eu acho que queremos coisas muito diferentes. A verdade é que eu não gosto de ti. A verdade é que já gostei, mas apaixonei-me por outra pessoa.
-Mas tu e eu somos feitos um para o outro!
-O simples facto de o dizeres demonstra que não o somos.
Ela fez-me um sorriso triste.
-O que é que ela tem que eu não tenho?
-Ela fez-me voar."
Assim que estas palavras foram ditas, ela abandonou o seu lugar e foi-se embora. Nunca mais nos vimos.
Mas agora, agora sim! Temos um futuro inteiro à nossa espera, só preciso que tu o aceites, meu amor...aínda há esperança!
Até já.
Um beijo,
João
Ao meu Pássaro de Fogo, por me ter feito voar.
A vida traduz-se em letras
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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