Querido João, não sei se a cascática publicação poética deste dia tem por detrás uma produção com a mesma intensidade, ou se a publicação condensou outra intensidade ruminativa e escrita, naturalmente mais lentas. Seja como seja, pareceu-me que um poema que li hoje enquanto o Sol nascia, ficaria aqui bem harmonizado com o que publicaste sucessivamente. O poema é de António Manuel Couto Viana, que o escreveu, com outros, na terra onde nasci e de que, ciclicamente, tenho nostalgia que apaziguo com a renovada promessa de lá voltar: Macau.
EM CHIANG MAI Um palmo apenas De grade. Dentro, esmorece um frémito de penas Que fora voo em liberdade.
Que mais pode o poeta desejar Senão abrir uma prisão Para poder soltar, livres, no ar, Uma ave, um poema, o coração?
Querido João, não sei se a cascática publicação poética deste dia tem por detrás uma produção com a mesma intensidade, ou se a publicação condensou outra intensidade ruminativa e escrita, naturalmente mais lentas.
ResponderEliminarSeja como seja, pareceu-me que um poema que li hoje enquanto o Sol nascia, ficaria aqui bem harmonizado com o que publicaste sucessivamente.
O poema é de António Manuel Couto Viana, que o escreveu, com outros, na terra onde nasci e de que, ciclicamente, tenho nostalgia que apaziguo com a renovada promessa de lá voltar: Macau.
EM CHIANG MAI
Um palmo apenas
De grade.
Dentro, esmorece um frémito de penas
Que fora voo em liberdade.
Que mais pode o poeta desejar
Senão abrir uma prisão
Para poder soltar, livres, no ar,
Uma ave, um poema, o coração?
O poeta Couto Viana morreu no passado dia 8.