A vida traduz-se em letras

sábado, 12 de junho de 2010

Retrato da Vida

Há uma planta
Atrás da porta de minha casa.
Ontem, ao entrar em casa,

A planta assustou-me.

1 comentário:

  1. Querido João, não sei se a cascática publicação poética deste dia tem por detrás uma produção com a mesma intensidade, ou se a publicação condensou outra intensidade ruminativa e escrita, naturalmente mais lentas.
    Seja como seja, pareceu-me que um poema que li hoje enquanto o Sol nascia, ficaria aqui bem harmonizado com o que publicaste sucessivamente.
    O poema é de António Manuel Couto Viana, que o escreveu, com outros, na terra onde nasci e de que, ciclicamente, tenho nostalgia que apaziguo com a renovada promessa de lá voltar: Macau.

    EM CHIANG MAI
    Um palmo apenas
    De grade.
    Dentro, esmorece um frémito de penas
    Que fora voo em liberdade.

    Que mais pode o poeta desejar
    Senão abrir uma prisão
    Para poder soltar, livres, no ar,
    Uma ave, um poema, o coração?


    O poeta Couto Viana morreu no passado dia 8.

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