Peço-vos desculpa. Tenho mais é que vos pedir desculpa. Um texto por semana, que vergonha! E nem vos explico um porquê. Mas pronto, ah e tal, perdoem-me. Vá, a verdade é que não me tem apetecido publicar nada. As minhas últimas crónicas, guardo-as só para mim. As que, normalmente, viriam para aqui, acabaram no caixote do lixo; sabem, não queria mesmo nada ter de vos contar.
A fidelidade, sabem, é importante. Daí explicar-vos isto. E de confessar que desconheço um grande mundo por aí fora. E que invejo muita gente. E que conheci gente importante nos últimos tempos. E que me apercebi de grandes mudanças em mim e no que me rodeia.
O ano novo? Porque é que não escrevi nada sobre o ano novo? Acham que deveria ter escrito? Posso escrever agora umas linhas pequeninas, não faz mal. Ano novo, e tal como toda a gente diz, vida nova (yac! que cliché!); as minhas mudanças principais ocorreram um pouco antes do dia trinta e um, mas não faz mal, pois não?, a verdade é que já não me escorrem lágrimas, e que decidi esquecer por completo certas e determinadas memórias (tanto quanto me for possível), é que, sabem, já estava a ficar farto de ser torturado constantemente pela minha memória, estava farto de ser carrasco de mim mesmo. Agora estou melhor, acho eu.
Caras novas. Vidas novas a rodearem-me. As velhas cercam-me e ameaçam com as suas bengalas, o neo-realismo em mim torna-se mais súbito do que eu esperava. Tudo se clareia e vejo, enfim, um final.
Cedo, cedo, cedo mas não demasiado, tudo terminará bem.
A vida traduz-se em letras
domingo, 10 de janeiro de 2010
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